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As seguradoras (que não se confundem com as corretoras de seguros, que apenas comercializam seus produtos), como se sabe, assumem riscos financeiros que afetam bens, atividades e a própria vida humana. Recebem contribuições (“prêmios”) de um universo de segurados e, quando um deles sofre um evento coberto pelo seguro, ele recebe o valor contratado. O universo “segurável” varia de acordo com as permissões dadas pela regulação (no Brasil, os reguladores são o Conselho Nacional de Seguros Privados e a SUSEP – Superintendência Nacional de Seguros Privados) e de acordo com as iniciativas do próprio mercado. Os seguros mais comuns cobrem riscos relacionados à propriedade de bens imóveis, automóveis, acidentes pessoais, responsabilidade civil (de pessoas físicas ou jurídicas por danos que elas causem a terceiros) e mesmo à invalidez ou perda da vida (nesse último caso, beneficiando aqueles que dependiam economicamente do falecido), entre muitos outros. Existem mesmo seguros relacionados à cobertura de danos ambientais causados pela atividade de empresa e atualmente, proliferam mundo afora seguros relacionados a riscos climáticos.
O que nem todos sabem é que os prêmios recebidos são investidos e, por esse motivo, as seguradoras são grandes investidores institucionais.
De maio a agosto de 2023, foram analisadas seguradoras que operam nos dois maiores mercados: de um lado, danos e responsabilidades (normalmente, cobrindo riscos relativos a bens e atividades empresariais) e de outro, cobertura de pessoas (vida e acidentes pessoais). O mercado de seguros de cobertura de pessoas corresponde a cerca de R$ 205 bilhões (valor total dos prêmios recebidos), segundo dados do último ranking da CNSeg (publicado em maio de 2022), e avaliamos as 7 maiores seguradoras, que juntas correspondem a 88,3% desse mercado: BB Seguros, BRADESCO Seguros, Caixa Seguros, Zurich Seguros, Itaú Seguros, Icatu e Prudential. No ramo de danos e responsabilidades, foram avaliadas 9 das maiores seguradoras, que juntas correspondem a quase 70% de um mercado equivalente a quase R$ 100 bilhões: Porto Seguro, Tokio Marine, Mapfre, Allianz, BB Seguros, BRADESCO, Zurich, HDI Talanx e CNP (a Liberty foi excluída por estar sendo adquirida pela HDI). Considerando que 3 delas (BB, BRADESCO e Zurich) estão nos dois universos, foram analisadas ao todo 13 seguradoras.